1-Economia Robinson Crusoe
Uma economia Robinson Crusoe é um "micro cosmos" usado para estudar algumas questões fundamentais na economia.Começamos com uma micro-economia de um só consumidor, um produtor e dois bens. O título "Robinson Crusoe" é uma referência ao romance de 1719 com o mesmo nome da autoria de Daniel Defoe.
Como uma experiência de pensamento na economia, muitos economistas acharam importante esta versão simplificada e idealizada da história, devido à sua capacidade de simplificar as complexidades do mundo real. Em vez de começarmos, por analogia, a descascar uma cebola (a economia complexa) para chegarmos ao centro, começamos pelo centro (a economia na sua configuração mais simples possível) e vamos acrescentanto mais e mais níveis de complexidade, para compreendermos o todo). O pressuposto implícito é que o estudo de uma economia de um agente fornecerá informações úteis sobre o funcionamento de uma economia mundial real com muitos agentes económicos.
Este estudo diz respeito ao estudo do (ver) comportamento dos consumidores como agentes no centro de toda a economia, comportamento dos produtores e equilíbrio como parte da microeconomia.
Por exemplo, nas finanças públicas (ver), a economia Robinson Crusoe é utilizada para estudar os vários tipos de (ver) bens públicos e certos aspetos dos benefícios coletivos. É utilizado na economia do (ver) crescimento para desenvolver modelos de crescimento para os países subdesenvolvidos ou em desenvolvimento para iniciar uma trajetória de crescimento constante utilizando técnicas de poupança e investimento.
Enquadramento
Robinson Crusoe é um naufrago numa ilha deserta.
Os pressupostos básicos são os seguintes:
A ilha está isolada do resto do mundo (e, portanto, não pode negociar);
Há apenas um único agente económico (o próprio Crusoe);
Todas as mercadorias da ilha têm de ser produzidas ou encontradas a partir do que possa ser encontrado na própria ilha.
Há
apenas um indivíduo - o próprio Robinson Crusoe
- que
atua
tanto como produtor para maximizar os lucros, como consumidor para
maximizar
a sua utilidade (o resultado do seu esforço). A
possibilidade de comércio poderá
ser introduzida adicionando outra pessoa à
economia.
Esta pessoa é amiga do Crusoe, Sexta-Feira. Embora
no romance ele desempenhe
o papel de servo de Crusoe, na economia Robinson Crusoe ele é
considerado como outro ator com capacidades de tomada de decisão
iguais às
de
Crusoe. rth.
À semelhança das escolhas das famílias (fornecedores de mão de obra), Crusoe, de início tem apenas duas atividades para executar – executar diferentes tarefas necessárias à sua sobrevivência ou descansar.
A atividade geradora de rendimentos neste caso resume-se à recolha de cocos. Como sempre, quanto mais tempo passa a descansar, menos comida, menos cocos, irá ter para comer e, inversamente. É o que podemos ver na Figura 1..
Função de produção e curvas de indiferença
As
curvas de indiferença de Crusoe espelham
as suas preferências entre
o
lazer e
os
cocos, enquanto a
(ver) função
de produção
a relação entre as
horas
trabalhadas
e os
cocos reunidos.
Se os eixos que retratam a colheita
de cocos e o lazer forem
invertidos e traçados com o mapa de indiferença e a função de
produção da Crusoe, pode ser desenhada
conforme a Figura 2.
A função de produção é côncava em duas dimensões e quase-convexa em três dimensões.
Isto significa que quanto mais tempo Robinson trabalhar, mais cocos poderá reunir. Mas devido à diminuição dos rendimentos marginais do trabalho, o número adicional de cocos que obtém de cada hora de trabalho adicional está a diminuir.
O ponto em que Crusoe atingirá um equilíbrio entre o número de horas que trabalha e relaxa pode ser descoberto quando a curva de maior indiferença é tangente à função de produção. Esse será o ponto preferido de Crusoe, desde que a restrição "tecnológica" seja dada e não possa ser alterada. Neste ponto de equilíbrio, a inclinação da curva de maior indiferença deve ser igual à inclinação da função de produção.
Lembremo-nos que a taxa marginal de substituição é a taxa em que um consumidor está disposto a abdicar de um bem em troca de outro, mantendo constante o mesmo nível de utilidade. Além disso, o produto marginal de um input é o output extra que pode ser produzido utilizando mais uma unidade do input, assumindo que as quantidades de nenhum outro fator de produção mudam. Então, teremos
- MPL = MRSLazer, Cocos, onde
- MPL = produto marginal do trabalho, e
- MRSLazer, Cocos = taxa marginal de substituição entre lazer e cocos
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